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Saiu esta semana um estudo do Dr. Fasano que encontrou evidências favoráveis ao atraso na introdução do glúten em bebés geneticamente susceptíveis para a doença celíaca. A nossa decisão enquanto pais, e contra conselho médico, de atrasar a introdução do glúten no filho mais novo, dada a carga genética que carrega, saiu reforçada com este estudo. A notícia é da About.com:
"Estudo indica que atrasar a exposição ao glúten protege contra a doença celíaca
Atrasar a exposição ao glúten em bebés de risco para a doença celíaca, até fazerem um ano de idade potencialmente restringe a resposta do sistema imunológico contra o glúten e pode retardar ou prevenir a doença auto-imune, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Maryland publicada hoje no jornal online PLoS ONE.
O estudo desafia directamente o aviso prévio para introduzir o glúten nos bebés entre os quatro e seis meses de idade. Essa recomendação, também baseada em pesquisa médica, afirma que os bebés que começam a ingerir glúten aos sete meses ou mais tarde têm um risco ligeiramente maior para a doença celíaca do que aqueles que começam a ingerir glúten entre os quatro e seis meses.
O recém-lançado estudo, "Prova de conceito da análise do microbioma-metaboloma e o atraso na exposição ao glúten na auto-imunidade da doença celíaca em crianças geneticamente em risco ", também descobriu diferenças na composição das bactérias intestinais entre crianças de alto risco para a doença celíaca, que começaram a ingestão de glúten em períodos diferentes.
O Dr. Alessio Fasano, director do Center for Celiac Research da Universidade de Maryland e um dos dois autores do estudo, diz que essas descobertas podem ajudar os pesquisadores a identificar marcadores biológicos que poderiam predizer o aparecimento da doença celíaca.
"Com a validação desses marcadores, esperamos identificar o ponto de gatilho para o aparecimento da doença celíaca e outras doenças auto-imunes", Dr. Fasano afirmou num comunicado. "Assim, podemos investigar formas de prevenir o aparecimento destas condições, ajustando a microbiota do intestino."
O seu intestino contém normalmente um grande número de diferentes tipos de bactérias, e os pesquisadores teorizaram que as alterações nestas bactérias possam influenciar a possibilidade de uma pessoa desenvolver a doença celíaca.
O estudo envolveu 34 crianças com parentes próximos que têm a doença celíaca, e que também testaram positivo para os genes da doença celíaca. Todos os bebés foram amamentados exclusivamente, pelo menos, durante os primeiros seis meses.
Os pesquisadores usaram, então, análises de amostras de fezes para observar as mudanças na sua composição bacteriana, comparando crianças com dietas diferentes: o grupo A tinha atrasado a introdução de glúten até aos 12 meses de idade, enquanto o Grupo B recebeu um suplemento de glúten a partir dos seis meses de idade. Todas as crianças reverteram para uma dieta sem restrições, a partir dos 12 meses.
Um bebé do Grupo B desenvolveu a doença celíaca aos 24 meses de idade, enquanto outra criança do Grupo B desenvolveu diabetes tipo 1 (uma outra condição auto-imune) aos 22 meses.
A composição das bactérias dos intestinos - também conhecido como o "microbioma" - não amadureceu a um ritmo normal nas crianças que eram susceptíveis à doença celíaca, concluiu o estudo. "A partir destes achados, pensamos que o ambiente microbiano como um todo pode desempenhar um papel no aparecimento da doença celíaca, e, possivelmente, em outras doenças auto-imunes", diz o Dr. Fasano."
2 comentários:
onde comprar goma de alfarroba?
Não sei, nunca vi à venda, só encontrei artigos sobre essa goma.
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