INFORMAÇÃO É PODER

DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN



sábado, 31 de dezembro de 2011

Bolo de côco e chocolate

Para fechar o ano em beleza, eis uma receita muito saborosa que já foi repetida cá em casa. Aproveito para desejar a todos que visitam o blog um bom ano de 2012!

Ingredientes:
175 gramas de manteiga sem sal
150 gramas de açúcar
Raspa e sumo de uma laranja pequena
3 ovos
65 gramas de coco ralado
150 gramas de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
½ colher de chá de goma xantana

Cobertura:

130 gramas de chocolate
60 gramas de manteiga sem sal
30 gramas de geleia de milho
120 gramas de natas

Aqueça o forno a 180ºC.

Bata a manteiga com o açúcar e a raspa de laranja até obter uma consistência cremosa. Junte os ovos um a um, batendo sempre.

Adicione o coco, a farinha (à qual juntou previamente o fermento e a goma), o sumo da laranja e envolva muito bem.

Verta a massa na forma untada e vai ao forno durante 30 minutos. Desenforme e deixe arrefecer um pouco. Coloque, por fim, a cobertura.

Para fazer a cobertura: coloque o chocolate, a manteiga e a geleia de milho numa tigela; leve as natas ao lume até ferver e depois verta sobre o chocolate. Mexa bem até estar tudo dissolvido. Use de imediato.
















quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Caramelos sem glúten

Descobri recentemente, através de um blog espanhol, que os caramelos da marca Papabubble são isentos de glúten. Visitando o site deles, soube que havia uma loja da marca em Lisboa. Assim, à primeira oportunidade, lá fomos verificar o local situado na Baixa lisboeta. 

Quando chegamos, estava a sair uma fornada de caramelos de sabor framboesa-lima que nos foram dados a provar ainda quentes... e que bons que estavam. Lá veio um saquinho desses, mais um dos caramelos de cereja e um chupa-chupa que encheu, literalmente, as medidas dos miúdos. E, como não podia deixar de ser, trazem o rótulo "sem glúten". Fica, então, a recomendação.






























terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Bolo de alfarroba e maçapão

Este tem sido um bolo presente na mesa lá de casa de há uns tempos para cá. O original encontrei-o no blog Canela Moída e pareceu-me relativamente fácil de converter à filosofia "sem glúten". Pareceu-me também uma boa desculpa para experimentar a farinha de alfarroba em lugar do chocolate original. Acaba por não ser tão calórico e o miúdo mais velho gosta como se fosse bolo de chocolate. O maçapão, com a sua base de amêndoa, casa bem com a alfarroba, tão bem que esta poderia ser uma receita tradicional algarvia. O maçapão pode ser feito em casa com uma receita tradicional, mas eu comprei no supermercado do IKEA. Só não fica um bolo bonito, mas isso agora não interessa nada...

Ingredientes:
115 Gramas de manteiga sem sal amolecida
150 Gramas de açúcar mascavado escuro
2 Ovos batidos
4 Colheres de sopa de farinha de alfarroba
120 Gramas de farinha
1 Colher de chá de fermento em pó
½ Colher de chá de canela
100 Gramas de maçapão, cortado aos pedaços pequenos

Misture a farinha com a alfarroba, a canela e o fermento até obter uma cor homogénea e reserve.

Bata a manteiga com o açúcar até obter um creme macio. Adicione os ovos, um de cada vez.

Acrescente os ingredientes secos reservados e misture bem. Junte cerca de ¾ dos pedaços de maçapão à massa e envolva-os com cuidado. Coloque a massa na forma que desejar (este bolo não cresce muito, logo convém que seja uma forma pequena, ou então dobre os ingredientes para usar uma maior). Alise a superfície e decore com os pedaços de maçapão que sobraram.

Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 45 a 50 minutos ou até que o bolo tenha crescido e esteja firme. Desenforme e deixe arrefecer numa rede de arrefecimento.




































PS: revi esta receita para retirar a goma xantana: as primeiras versões que fiz pareceram-me um pouco densas; pesquisando, descobri que a farinha de alfarroba já é um aglutinante em si, logo experimentei sem goma xantana e o bolo ficou mais fofo. Também substituí a manteiga por igual quantidade de azeite e funcionou da mesma maneira.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mini donuts de canela

Neste Natal tivemos como iguarias sem glúten o pão de ló e o bolo-rei de maçã da Coisas Kom Sentido. No entanto, queria fazer algo para os meus rapazes, mas queria também evitar os fritos. Socorri-me, mais uma vez, do blog Gluten Free Goddess onde encontrei uma receita de donuts de forno. Lembrei-me da máquina de fazer donuts do Lidl que nos foi oferecida há uns tempos e pensei "porque não criar um novo doce de Natal?" Os miúdos gostam de donuts e estes levam canela, o que lhes dá um certo toque natalício. A Karina, autora desse blog, utilizou uma forma de donuts, mas a massa é suficientemente maleável para que, quem não tem esta forma ou a máquina, possa utilizar um saco de pasteleiro para a moldar.

140 gramas de farinha de sorgo
70 gramas de arroz integral
70 gramas de polvilho doce
10 gramas de amêndoas em pó
70 gramas de açúcar mascavado
1 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de sal fino
1/2 colher de chá de goma xantana
1/2 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de noz moscada moída
55 gramas de margarina
1 iogurte natural
1 ovo
1 colher de chá de essência de baunilha

Na cuba da batedeira, misture os ingredientes secos.

Primeiro adicione a margarina em pequenos pedaços, e misture até que os ingredientes secos adquiram uma textura areada.

Adicione o iogurte, o leite, o ovo batido e a baunilha e misture até obter uma massa lisa e flexível. Esta deve ser um pouco pegajosa; a consistência da massa deverá permitir, caso seja necessário, que se façam bolas com ela - caso isso não seja possível, adicione um pouco mais de farinha de sorgo.

Encha um saco de pasteleiro com a massa e coloque na máquina de fazer donuts, preenchendo cada espaço com massa com a ajuda do saco de pasteleiro. Caso não tenha esta máquina, faça pequenas rodelas de massa com a ajuda, mais uma vez, do saco de pasteleiro sobre um tapete de silicone. Deixe cozer, no mínimo, durante 4 minutos (caso leve ao forno, a receita original fala de 15 minutos, mas isto será variável em função da grossura dos donuts). De qualquer maneira, não os deixe cozer demasiado, pois correm o risco de ficarem duros.

Retire da máquina e coloque sobre uma rede para que arrefeçam um pouco. Quando ficarem mornos (o que acontece rapidamente), misture açúcar em pó com canela e passe os donuts por esta mistura.

Sirva imediatamente e tente que se comam todos no mesmo dia, pois, no dia a seguir, já estarão um pouco secos.


A máquina - imagem retirada da Net






















O produto final

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Dicas para uma melhor textura

Mesmo a tempo, para quem é novo nestas andanças sem glúten, e está a olhar para as receitas antigas de Natal sem saber o que é que vai colocar na mesa de doces, aqui está um artigo que explica como dispensar o glúten e, ainda assim, fazer sucesso com as suas preparações.


Imagem retirada da Net


“5 Dicas para uma Melhor Textura na Culinária Sem Glúten
Por DC Rona

Até que é necessário iniciar uma dieta sem glúten, a maioria das pessoas nunca pensa no papel do glúten nos seus cozinhados. É o glúten que lhes dá liga, consistência, pois as proteínas do glúten organizam-se para prender bolhas de gás. O seu alinhamento também proporciona elasticidade à massa. É o glúten que torna arejada a estrutura celular que nós associamos com a linda pastelaria que vemos nas lojas. Até há cerca de 5 anos atrás, as alternativas em farinha eram principalmente arroz, milho, grão-de-bico, fécula de batata e farinha de mandioca. Mesmo quando eram devidamente moídas, os doces feitos com estas farinhas tinham uma consistência entre a areia e a borracha, e o sabor, muitas vezes, era estranho.

Nos últimos cinco anos a procura por produtos sem glúten tem crescido imenso. As prateleiras das nossas lojas agora contêm uma variedade de grãos e farinhas a partir destes grãos, tais como millet kasha, farinha de amaranto, coco, farinha de quinoa, farinhas de feijão, farinhas de nozes, aveia sem glúten, e teff. Estas farinhas novas oferecem agora melhores sabores e texturas na sua preparação. Além disso, produtos como goma xantana, goma guar e outros aglutinantes estão agora disponíveis, uma vez mais, para melhorar o sabor e a textura das suas receitas.

Aqui estão 5 dicas para melhorar a textura das suas receitas enquanto se inicia nas receitas sem glúten:

1. Substitua o leite ou a água nas receitas com buttermilk (leitelho).O buttermilk dará uma textura mais fina e mais leve, em geral. A água com gás também substitui bem a água normal em receitas como panquecas - mais uma vez, dando uma leve textura.

2. A gelatina sem sabor pode ser usada como um aglutinante na cozinha - e que irá ajudar a evitar a textura esfarelada. Lembre-se de misturar a gelatina no líquido da receita antes de a adicionar.

3. Uma combinação de farinhas sem glúten normalmente produz um resultado melhor do que uma só farinha.

4. Para evitar o esfarelamento, pode usar goma xantana ou goma de guar na preparação. Lembre-se de adicionar a goma aos ingredientes secos. Nota: algumas pessoas têm melhores resultados com a goma xantana pois a goma de guar pode produzir dores de estômago em algumas pessoas.

5. Deixe a massa ficar à temperatura ambiente pelo menos 30 minutos para suavizar, de modo a obter uma melhor textura como resultado final.

Em geral, existem algumas diferenças básicas na cozinha sem glúten ​​que é necessário levar em conta na conversão de receitas antigas. Sem glúten, a massa de pão será pegajosa e mole. Se tentar obter a aparência da sua receita antiga, provavelmente vai ter uma massa muito pesada, seca e quebradiça. Além disso, os tempos de cozedura serão diferentes. As receitas sem glúten tendem a dar melhores resultados quando cozidas por um tempo maior e a uma temperatura mais baixa. Pode precisar de cobrir com papel de alumínio para evitar queimar o topo enquanto espera que o pão ou o bolo coza completamente.

O seu melhor trunfo quando inicia a dieta sem glúten é comprar um ou dois livros de culinária onde possa aprender os truques e dicas que irão tornar as suas receitas cada vez melhores. Assim que estiver à vontade com as substituições e mudanças nas características dos tempos de cozedura, etc., então poderá começar a converter as antigas receitas favoritas da família em novas receitas favoritas da família, desta vez, sem glúten. “

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cozinhando sem Glúten II

Mais uma vez a ACELBRA-RJ surpreende:  publicaram este mês um novo livro de deliciosas receitas da nossa já conhecida Gilda Moreira. O livro oferece um cardápio de receitas completo, incluindo receitas sem glúten e sem leite o que também é muito útil para aqueles que lidam com intolerância à lactose, para além da intolerância ao glúten. A Gilda utiliza também a farinha de coco em várias receitas o que não é muito comum, mas pode ser mais saudável pelo baixo indíce glicémico dessa farinha.

O livro está disponível para download aqui. Parabéns ACELBRA-RJ e Gilda pelo bom trabalho! E obrigada à Raquel por me manter informada...


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Farinha de sorgo

Tenho recebido alguns emails a perguntar onde adquiro a farinha de sorgo. Daí, resolvi escrever este post para elucidar outros que tenham a mesma dúvida. Quando me iniciei na culinária sem glúten, encontrei boas referências da farinha de sorgo, mas não a encontrava em lado nenhum. Depois, encontrei-a nas mercearias indianas do Martim Moniz em Lisboa, mas ao contactar o fabricante, informaram-me que não asseguravam a isenção de glúten devido à contaminação cruzada. Contactei a Doves Farm no Reino Unido, inquirindo no sentido se saber se iriam adicionar o sorgo à sua linha de farinhas sem glúten, mas responderam-me negativamente. Propus também ao Espaço Bio a comercialização da farinha de sorgo da marca americana Bob's Red Mill, ao que me responderam que iriam estudar a questão.

Só me restavam as lojas de rações, já que o sorgo em grão é um alimento comum na dieta de pássaros, galinhas e afins. Finalmente, encontrei-os numa loja e desde então que lá vou: são 0,70€ por 500 gramas. Dá apenas algum trabalho, pois é preciso separar os grãos de algum pedaço de terra que possam trazer ou retirar as cascas a alguns grãos. Depois, é só moer e cozinhar. Deixo algumas dicas para a aplicação desta farinha.

O que é o Sorgo?
O sorgo é um cereal que teve origem em África, há cerca de 5000 anos atrás, onde continua a ser uma importante fonte alimentar. É, por vezes, chamado de Milo e, na Índia, é conhecido como Jowar. A farinha de sorgo não contém glúten.
O sorgo tem uma composição nutricional semelhante à do milho, embora seja maior em proteína e gordura e mais baixo em vitamina A. Um quarto de chávena de sorgo tem menos calorias, três vezes mais fibra e duas vezes mais proteína que a farinha de arroz. No entanto, tal como o milho, o sorgo é uma fonte de proteína incompleta. Não fornece as quantidades adequadas de lisina, um importante aminoácido essencial. O corpo necessita de lisina para o crescimento e saúde óssea, e para a conversão de gorduras em energia. A deficiência deste nutriente no sorgo é um desafio maior nos países em desenvolvimento do que nos países ocidentais onde a dieta contem grandes quantidades de proteínas animais e vegetais que fornecem lisina em quantidades suficientes.

Utilizações para a farinha de sorgo
Tradicionalmente, esta farinha tem sido usada como um cereal para fazer panquecas, papas e tortilhas fermentadas e não fermentadas em diferentes culturas, como, por exemplo, o roti jowar na Índia. No entanto, hoje em dia, e com o crescimento do número de pessoas que fazem uma dieta sem glúten, esta pode ser adicionada ou substituir a totalidade da farinha de trigo em bolos, biscoitos ou pães.

A farinha de sorgo é um substituto comum para a farinha de trigo nas dietas sem glúten. Tem um sabor agradável que é benéfico ao preparar alimentos, porque não acrescenta um gosto estranho ou marcante. Quando cozinhar com a farinha de sorgo enquanto substituto directo da farinha de trigo, deve adicionar outros ingredientes para compensar a consistência seca que deixa. Os alimentos preparados com farinha de sorgo também são mais propícios a esfarelar. No entanto, existem algumas estratégias para substituir, em segurança, a farinha de trigo pela farinha de sorgo na maioria das receitas comuns:

- Primeiro, adicione meia colher de sopa de maizena por cada 140 gramas de farinha de sorgo quando estiver a elaborar doces, bolos e bolachas, com a excepção do pão;

- Ou adicione uma colher de sopa de maizena por cada 140 gramas de farinha de sorgo se estiver a fazer pão.

- Depois, adicione 1,25 vezes mais a quantidade de gordura (óleo ou manteiga) que a receita pede. Isto fará com que o item em questão fique mais húmido.

- De seguida, adicione 1,25 vezes mais a quantidade de substância levedante (o fermento de padeiro, o bicarbonato de sódio ou o fermento em pó) que a receita pede. Isso irá garantir que a receita aumenta na quantidade desejada.

- Por fim, coza tal como indicado na receita.


O grão



A farinha

















Update:
A farinha de sorgo da marca Bob's Red Mill pode ser encomendada na loja online alemã Foodoase e nas lojas Celeiro:
Bob's Red Mill Gluten Free Sweet White Sorghum Flour
Farinha de sorgo integral sem glúten

Pode também ser comprado em grão na loja online portuguesa Quero-te Bio, onde os sócios da APC usufruem de desconto:
Sorgo branco Bio 500g La Romagnola


Outros artigos:
Sorghum is celiac-safe: Study

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tarteletes de maçã

Inspirada numa receita da Nicole do blog Gluten Free on a Shoestring, dei mais um uso à receita da massa folhada rápida, e fiz estas tarteletes, primas distantes do nosso pastel de nata. Os miúdos não quiseram experimentar, mas os adultos não deixaram uma para contar a história.

Ingredientes:
½ receita de massa folhada rápida
170 Gramas de queijo-creme
2 Gemas
95 Gramas de açúcar
1 Colher de chá de essência de baunilha
1 Colher de chá de canela moída
1/4 Colher de chá de sal fino
3/4 colher de chá de maizena
1 maçã descascada e cortada às tiras
Geleia de marmelo para pincelar (da Casa Mateus, sem glúten)

Unte 12 formas de pastel de nata com manteiga (ou use formas descartáveis), e reserve. Pré-aqueça o forno a 190ºC.

Estenda a massa entre folhas de papel vegetal até que fique com meio centímetro de espessura. Corte 12 rodelas que sejam ligeiramente maiores que a largura da abertura da sua forma. Pressione suavemente cada uma das rodelas para o fundo e os lados das formas. Fure o fundo de cada forma já forrada com os dentes de um garfo. Coloque-as no frigorífico enquanto prepara o recheio.

Numa tigela misture o queijo-creme, as gemas, 55 gramas de açúcar, a essência de baunilha, 1 / 2 colher de chá de canela em pó, 1 / 8 colher de chá de sal, e a maizena e bata até ficar a massa ficar suave, sem grumos; a consistência deverá ser líquida.

Noutra tigela, misture as tiras de maçã com o açúcar, sal e canela restantes. Envolva bem.

Retire as formas do frigorífico. Despeje o recheio nas formas até cerca de três quartos da borda. Disponha as fatias de maçã em cima do creme, dividindo-as de forma uniforme.

Vai ao forno pré-aquecido a cozer durante 25 minutos, até o recheio estar mais firme, as maçãs e a crosta levemente dourada. Pincele com geleia de marmelo aquecida e sirva quente.





















sábado, 17 de dezembro de 2011

Novos rótulos

A Comissão do Codex Alimentarius foi criada em 1963 para definir um padrão global de medidas e qualidade na indústria alimentar. Em 1979, esta Comissão emitiu o Codex Standard 118 que veio regulamentar a fabricação e rotulagem de produtos sem glúten. Foi revisto em 1981 e, novamente, em 2008. Esta nova revisão serviu de base para a redacção do regulamento n º 41/2009 da Comissão Europeia para a rotulagem de produtos aptos para a dieta sem glúten.

Segundo este regulamento, um produto rotulado 'sem glúten' deve conter menos de 20mg / kg [<20 partes por milhão (ppm)] de glúten. Este nível é adequado para o mais sensível dos celíacos. Este nível será aplicado a produtos especializados de substituição sem glúten tais como pães, bolos, misturas panificáveis e outros com menos de 20mg glúten / kg presente no Codex. Incluirá também alimentos normais naturalmente sem glúten, como sopas, chocolate, feijão, molhos, batatas fritas, etc. O termo "sem glúten" não implica Zero Glúten, pois, na prática, não é possível detectar esse limite com os testes actuais.

Um produto rotulado como "muito baixo teor de glúten" pode conter entre 20 e 100mg glúten / kg. Este nível é considerado adequado para uma maioria dos intolerantes ao glúten. Este segundo nível será mais relevante para produtos especializados de substituição, sem glúten, como pães e misturas panificáveis.

Nos termos da norma ainda em vigor, um produto rotulado "sem glúten" poderia conter até dez vezes mais do que este segundo limite, com 200mg glúten / kg permitidos. Assim, estes novos níveis oferecem mais protecção aos celíacos.

O regulamento entrou em vigor em 2009, mas os fabricantes puderam usar o novo padrão de rotulagem de imediato. No entanto, este só seria obrigatório a partir de Janeiro de 2012, proporcionando um período de carência para os produtores reformularem ou alterarem as embalagens existentes. Logo, o prazo está a acabar e, a partir do próximo mês, os consumidores intolerantes ao glúten deverão procurar as novas informações nos rótulos; não as encontrando, deverão contactar o fabricante. Pessoalmente, penso que poucas empresas irão aplicar este regulamento, mas se todos fizermos uma reclamação quando nos deparemos com infracções à nova regulamentação, isso deixará de acontecer.

Para mais informações, recomendo a leitura do regulamento aqui.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Livro "Wheat Belly"


Saiu, em Setembro deste ano, um livro escrito pelo Dr. William Davis que entrou directamente para o número 5 da tabela de best-sellers do New York Times, intitulado “Wheat Belly” (Barriga de Trigo, em Português). Capitalizando ou não, no que se tornou a moda do “Gluten Free” (sem glúten) nos Estados Unidos, o Dr. Davis defende, recorrendo a vários argumentos científicos e à sua própria prática clínica, que o Trigo é um dos grandes culpados pelos vários problemas de saúde que afligem milhões de pessoas. Apelando também à preocupação de todos com a obesidade, argumenta que uma dieta sem trigo permite perder um peso considerável.

Tem recebido várias críticas favoráveis, mas levantado também alguma controvérsia ao atacar a indústria agro-alimentar que acusa de desvirtuar um produto já de si nocivo para a saúde como o trigo e transformando-o, por vários processos de laboratório, em algo tóxico, tudo em nome do lucro. Ainda que o seu livro se perca em retórica em dados momentos e que assuma um tom de “teoria da conspiração” noutros, não deixa de ser uma voz relevante na discussão que se alarga cada vez mais à sociedade “mainstream”. Pesquisando pela Internet, pode-se encontrar imensos testemunhos de pessoas que ao lerem o seu livro optaram por uma dieta sem glúten e viram desaparecer ou diminuir os problemas que as consumiam. E isso é já um ponto a seu favor.

Deixo o link para uma entrevista muito esclarecedora que deu ao blog Fat Head, traduzida para português pelo site Vida Primal:

Parte 2

Update 1
Para uma perspectiva crítica e acutilante, podem ler este post do blog No Gluten, No Problem:
Wheat Belly Busted

Update 2
Este livro está a ser publicado em português sob a chancela da Lua de Papel a partir deste mês (Abril de 2013).

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Panquecas caseiras

As panquecas da Hale and Hearty serviram para criar o gosto pelas "panpecas" ao miúdo mais velho (do alto dos seus cinco anos, é o que ele me pede aos Domingos de manhã). Como não tinha em casa a mistura de pacote, decidi experimentar a receita da Karina do blog Gluten Free Goddess que tinha ido parar aos meus favoritos há uns meses atrás, pelo bom aspecto que tinha. Em boa hora o fiz, dá apenas um pouco mais de trabalho, mas são muito saborosas (e o trabalho reduz-se deixando a mistura dos ingredientes secos feita de véspera). Não sobrou uma migalha para contar a história!

Ingredientes secos:
120 gramas de farinha de arroz integral
15 gramas de farinha de trigo sarraceno
15 gramas de amêndoa em pó
15 gramas de polvilho
1 colher de chá de fermento
¼ colher de chá de sal fino
¼ colher de chá de goma xantana

Ingredientes líquidos:
115 ml leite
115 ml água
1 ovo batido
2 colheres de sopa de óleo
½ colher de sopa de mel
1 colher de chá de essência de baunilha
1 colher de chá de essência de amêndoa

Numa tigela grande, misture os ingredientes secos. Faça um buraco no centro e adicione os ingredientes líquidos. Bata bem para incorporar. A massa deverá ficar suave, isto é, não muito grossa.

Coloque umas gotas de óleo numa pequena frigideira (+/- 12 cms. diâmetro) e leve ao lume (médio). Teste a frigideira colocando uma gota de água sobre esta; se a gota começar a borbulhar, a frigideira está pronta.

Com uma concha de sopa, despeje uma porção da massa na frigideira aquecida. Repita o procedimento até a massa acabar (a quantidade nesta receita deverá dar para 5 a 6 panquecas).

Quando aparecerem pequenas bolhas no rebordo da panqueca, vire-a com cuidado, com a ajuda de uma espátula fina e flexível. Cozinhe um ou dois minutos até ficar firme, não mais. Tempo a mais na frigideira torna as panquecas duras.

Sirva directamente com a cobertura que quiser: chocolate, xarope de ácer, frutos vermelhos, manteiga, compota, canela…



A massa pronta

















Na frigideira, versão "pepitas de chocolate"








Para o menino...





Para a mãe...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pato Real sem glúten

Soube recentemente que a linha de refeições prontas "Minuto" da Pato Real traz a designação "Sem Glúten". Encontrei-a no Pingo Doce onde vi Arroz de Pato, Arroz de Frango com Caril, Arroz de Polvo e Arroz de Bacalhau, todos com a informação de isenção de glúten na parte de trás da embalagem. Já vi na Net que existem Arroz de Carne de Vaca à Jardineira e Arroz de Tamboril, mas não os encontrei, pelo que não sei se também serão isentos.

Pessoalmente, não é uma opção por sistema, mas é sempre bom saber que, em caso de pressa, podemos ter uma solução rápida e segura nas prateleiras da despensa. Fica mais uma dica...



 

domingo, 11 de dezembro de 2011

Massa folhada rápida

Mais uma receita "expresso", como a anterior. Encontrei em vários sites franceses, com a designação de "pâte feuilletée rapide" e funciona bem. Obviamente, não é igual à massa folhada normal, mas também não dá o trabalho que esta dá. O truque é usar queijinhos "petit suisse" em substituição de parte da manteiga; encontrei-os apenas no Intermarché, da marca Paturages. Experimentei a massa fazendo croissants de chocolate.

Ingredientes:
240 gramas de farinha
240 gramas de petits suisses (4 pacotes de 60 gramas cada, com 40% gordura)
120 gramas de manteiga sem sal amolecida
Pitada de sal
1 colher de sopa de açúcar (para receitas doces)

Misturar todos os ingredientes com a ajuda da batedeira até obter uma bola de massa lisa e homogénea. Refrigerar durante 30 minutos; após este tempo, estender entre duas folhas de papel vegetal,  e cortar consoante o uso que se pretende.




































quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Porquinhos enrolados

Em Inglês, "piggies in a blanket"... encontrei uma receita no site do Rio Sem Glúten, com tão bom aspecto e tão fácil que pensei que seria óptima para fazer estes porquinhos enrolados que são sempre do agrado de todos. É a receita de Janeiro de 2011 e usa apenas três ingredientes, um deles sendo a mistura para pão de queijo da Yoki, à venda no Continente. Fiz 25 "porquinhos", e ainda me sobrou massa, que congelei, para experimentar como base de pizza, mais tarde.

Ingredientes:
1 pacote de mistura para pão de queijo Yoki
3 ovos
2 colheres de sopa de água
1 lata de salsichas mini Naturíssimos da Nobre (sem glúten)
1 ovo para pincelar

Na cuba da sua batedeira, misture todos três primeiros ingredientes e bata até obter uma bola de massa lisa, sem grumos (bater, de preferência, durante 4 minutos).

Divida a massa em dois e estenda cada porção com o rolo da massa entre duas folhas de papel vegetal, até obter a espessura da sua preferência. Corte a massa em pequenos quadrados e coloque uma salsicha em cada um, com uma gota de mostarda em cima destas. Feche, então, os quadrados de massa à volta das salsichas e coloque num tapete de silicone ou um tabuleiro com papel vegetal.

Bata o ovo e pincele os "porquinhos". Vai ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 20 minutos até estarem dourados.


No forno


Prontos para comer


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"Corintias" sem glúten

Com a descoberta desta receita, lembrei-me das bolachas Corintias, da Triunfo. Uma bolachinha crocante, com um leve sabor a canela e a quantidade certa de corintos. Experimentei a receita já que tinha todos os ingredientes à mão; a farinha de coco não é muito acessível, mas penso que possa ser substituída por farinha de arroz, sendo que, nesse caso, já não cumpre o seu preceito original que é ser apta para uma dieta sem cereais. O resultado final é só ligeiramente semelhante ao das Corintias, talvez mais a nível de sabor, pois esta é uma bolacha mais doce e mais densa. Aconselhável para os mais gulosos.

Ingredientes:
115 gramas de manteiga derretida
150 gramas de mel
150 gramas de amêndoas em pó
30 gramas de farinha de coco
1 1/2 colher de chá de canela
1/2 colher de chá bicarbonato de sódio
Sal fino
100 gramas de corintos

Misture a manteiga e o mel. Adicione as farinhas, a canela, o bicarbonato e o sal. Misture bem. Envolva então na massa os corintos, mexendo até estes estarem distribuídos uniformemente.

Coloque a massa em bolas achatadas num tapete de silicone ou tabuleiro forrado com papel vegetal, com dois centímetros de distância entre porções. Vai ao forno pré-aquecido a 160ºC durante 13 a 15 minutos (consoante gostar das suas bolachas mais ou menos crocantes) até que as bordas estejam douradas.

Deixe as bolachas arrefecerem fora do forno, mas sem as retirar do suporte onde as cozeu. Deverá obter 24 bolachas.



















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