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sábado, 31 de março de 2018

Novos produtos Março 2018

Felizmente, esta rubrica do blog continua presente e cada vez mais frequente. Hoje trago os últimos produtos que encontrei numa recente visita ao Continente (provavelmente, estão à venda em outras lojas): novas farinhas sem glúten da Diese, preparados de carne dos Açores sem glúten e bolachas bio sem glúten para bebés da Cerelac. 

















































terça-feira, 13 de março de 2018

O despertar da autoimunidade e as bactérias

Imagem retirada da Net
Saíram, na semana passada, novidades científicas do mundo da investigação das doenças auto-imunes que nos aproximam, se não de uma cura, pelo menos de tratamentos mais eficazes. A aplicação da descoberta abordada neste artigo da revista Medical News Today incide mais em condições como o Lúpus e a Hepatite auto-imune, mas quem sabe se não se poderá estender à doença celíaca?

O papel das bactérias intestinais no desenvolvimento de doenças auto-imunes é uma linha de pesquisa sólida com vários estudos a apontarem nesse sentido, logo será uma questão de tempo até esta ciência vir facilitar a vida de todos que estão afectados com estas condições.

Deixo, então, o artigo.


"Podemos prevenir a auto-imunidade visando as bactérias intestinais?

Os achados de um novo estudo podem ser promissores para o futuro do tratamento das doenças autoimunes crónicas, tais como o lúpus sistémico e a doença hepática autoimune, de acordo com os seus autores.

No estudo, investigadores da Universidade de Yale em New Haven, CT, descobriram que as bactérias no intestino delgado podem viajar para outros órgãos e induzir uma resposta auto-imune.

Também importante, a equipa descobriu que essa reacção pode ser tratada visando a bactéria com um antibiótico ou vacina.

Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista Science.

Nas doenças auto-imunes, o sistema imunológico ataca por engano células e tecidos saudáveis. Algumas das doenças autoimunes mais comuns incluem diabetes tipo 1, lúpus e doença celíaca.

De acordo com os National Institutes of Health (NIH), cerca de 23,5 milhões de pessoas nos Estados Unidos são afectadas por doenças auto-imunes.

Uma série de condições auto-imunes estão associadas a bactérias no intestino. Usando um modelo de rato, a equipa de Yale examinou especificamente uma bactéria chamada Enterococcus gallinarum, que pode viajar para além do intestino para o baço, nódulos linfáticos e fígado.

A equipa descobriu que a E. gallinarum provocou uma resposta auto-imune nos ratos quando viajou para além do intestino.

Os pesquisadores conseguiram replicar esse mecanismo usando células de fígado humano cultivadas, e também encontraram E. gallinarum presente no fígado de pessoas com doença auto-imune.

Ao administrar um antibiótico ou uma vacina para atingir a E. gallinarum, os cientistas descobriram que era possível suprimir a reacção auto-imune nos ratos e evitar que a bactéria crescesse.

"Quando bloqueamos o caminho que leva à inflamação", diz o autor do estudo, Martin Kriegel, "podemos reverter o efeito desse erro na auto-imunidade". "A vacina contra a E. gallinarum foi uma abordagem específica, já que vacinas contra outras bactérias que investigamos não impediram a mortalidade e a auto-imunidade".

O Dr. Kriegel acrescenta que a equipa planeia estudar ainda mais os mecanismos biológicos associados à E. gallinarum e as implicações que podem ter para o lúpus sistémico e a doença hepática autoimune.

Estudo acrescenta-se a pesquisas anteriores

O novo estudo complementa estudos anteriores que descobriram um vínculo entre bactérias intestinais e doenças auto-imunes.

Estudos em ratos, por exemplo, descobriram que a colonização do intestino por algumas bactérias pode estabelecer as bases para o desenvolvimento de transtornos auto-imunes no futuro.

Essas bactérias podem causar alterações no tecido do intestino, resultando na produção de anticorpos que atacam células, em condições como o lúpus sistémico.

Anteriormente, a Medical News Today reportou um estudo que sugeria que a alteração das bactérias intestinais poderia ajudar a aliviar os sintomas do lúpus.

O estudo, publicado na revista Applied and Environmental Microbiology, mostrou que as espécies de Lactobacillus no intestino de um modelo de rato para lúpus estavam ligadas a uma redução dos sintomas desta condição, enquanto a bactéria Lachnospiraceae estava associada ao agravamento dos seus sintomas.

"O uso de probióticos, prebióticos e antibióticos", disse Husen Zhang, o primeiro autor desse estudo, "tem o potencial de alterar a disbiose da microbiota, o que, por sua vez, poderia melhorar os sintomas do lúpus".

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