INFORMAÇÃO É PODER

DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Petição por um hamburguer sem glúten

A juventude celíaca da Europa abriu uma petição para aumentar as opções sem glúten nos restaurantes de fast-food, nomeadamente o McDonalds. Esperam assim juntar a força dos números à força da razão para que todos os celíacos e sensíveis ao glúten na Europa possam ter as mesmas opções. São 10000 assinaturas e ainda vão nas duas mil e poucas. Eu e o filho mais velho já assinamos, deixo o repto a quem me lê.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

E-book sobre a doença celíaca

Recebi o seguinte e-mail da APC, aproveito para divulgar a iniciativa (de louvar):

"No seguimento da parceria com a MODELO CONTINENTE HIPERMERCADOS (MCH), e para assinalar o dia de hoje, a APC e a MCH desenvolveram um e-book sobre a doença celíaca de forma a alertar toda a população que desconheçe esta patologia e seu tratamento.

Pode consultar, e reencaminhar a todos os seus contactos, o e-book sobre a Doença Celíaca em:
http://www.hipersaudavel.continente.pt/?area=livros_educativos."

Estrelas de Bruxelas

Os Speculoos são umas bolachas belgas (que não as "Belgas") que conheci um dia quando me apareceu uma bolacha solítária a acompanhar o chá que tinha pedido no Le Perroquet, um pequeno restaurante no centro de Bruxelas. Alguns anos depois encontro a receita da versão sem glúten no blog Chef Sans Gluten quando estava a pesquisar receitas de massa areada... não resisti a experimentar. Para quem gosta de especiarias, são perfeitos.

Speculoos
Ingredientes:
100 gramas de manteiga mole
100 gramas de açúcar de cana
50 gramas de açúcar em pó
1 colher de sopa de leite
1 gema de ovo
170 gramas de farinha sem glúten
8 gramas de fermento
5 gramas de canela em pó
2,5 gramas de mistura de especiarias (misturar bem 14 gramas de canela, 7 gramas de cardamomo*, 5 gramas de gengibre e 7 gramas de cravinho e guardar num frasco fechado)

Amoleça a manteiga com uma espátula. Adicione os açúcares e misture bem. Junte o leite e a gema de ovo . Entretanto, misture a farinha, o fermento em pó, as especiarias e canela e junte ao preparado anterior. Misture bem.

Coloque a massa em filme transparente e deixe no frigorifico durante, pelo menos, uma hora, duas de preferência.

Pré-aqueça o forno a 170 ° C com a ventoinha ligada (nos fornos que a tem, claro).

Estenda a massa com o rolo até uma espessura de meio centímetro e corte com as forminhas que preferir.  Coloque num tabuleiro com tapete de silicone ou untado e leve ao forno por 15 minutos.
















PS: Hoje é o Dia Nacional do Celíaco- boas refeições sem glúten!

* O cardamomo não é fácil de encontrar: ou se vai a mercearias indianas no Martim Moniz ou ao El Corte Inglés, não sei de mais nenhum sítio que o venda.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Farinhas sem glúten

Até agora usava fécula de batata importada da Alemanha, visto que, como já mencionei, as marcas nacionais que comercializam este produto não garantem a não contaminação. Numa ida ao Intermarché a semana passada, encontrei a marca Nutry da Grande Porto cujos produtos incluem a farinha de arroz e a fécula de batata, entre muitos outros. Ora a farinha de arroz eu faço na minha fiel Kenwood, mas a fécula de batata fez-me ligar as antenas. Na embalagem não havia menção de alergéneos, de modo que não comprei, mas fixei o nome e procurei na Net. No site que encontrei deixei um pedido de informação para que me confirmassem a isenção de glúten nesses produtos. Dois dias depois, a resposta chegou:

"Vimos por este meio informar que a farinha de arroz e a fécula de batata embaladas nas nossas instalações são isentas de glúten."

Liguei para a pessoa que me tinha enviado o email para mais esclarecimentos e fiquei a saber que a farinha de arroz e fécula de batata são sujeitas a análises pelo produtor que comprovam a isenção de glúten. Nas instalações da Grande Porto são embaladas à parte, pelo que não existe o risco de contaminação cruzada. Assim, parece-me que já não preciso de encomendar mais fécula aos alemães...



Update (26/02/2013)
A marca Ceifeira da Atlantic Meals dispõe, na sua gama de produtos, de farinha de milho e arroz cuja embalagem tem um rótulo que lê "Isento de Glúten".

Da mesma maneira, a Globo oferece fécula de batata com a inscrição "Sem Glúten" na embalagem.




 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

McDonalds sem glúten

Mais uma vez, a Espanha vai à nossa frente: a partir de amanhã, a McDonalds vai servir hamburgueres em pão sem glúten. Não é de todo uma boa opção nutricional mas custa-me estar sempre a negar um happy meal ao meu filho; gostava de poder ter a opção de, uma vez por outra, poder dizer sim. A notícia aqui.

Já escrevi à McDonalds cá do burgo a perguntar para quando esta mesma opção em Portugal... façam o mesmo aqui.

Update- Agosto de 2011, continuo à espera de resposta... parece que o apoio a (futuros) clientes da McDonalds anda a falhar.

Panquecas rápidas

O pequeno almoço de domingo consistiu em panquecas... de pacote. Sem glúten, integrais, à venda no Espaço Bio. Um pouco de leite e um ovo depois, o pequeno-almoço estava pronto, regado com maple syrup (xarope de àcer, à venda no Celeiro) como manda a tradição e mirtilos a acompanhar. Saudável e rápido, fica a dica.



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pão, pan, pain, pane, brot, bread...

Eureka! Cheguei ao pão sem glúten que reproduz (quase) na perfeição o pão dito normal. Pelo menos, eu estou satisfeita... e como uma imagem vale mil palavras:












Pão Bijou
Ingredientes:
14 gramas de fermento seco activo
600 ml de água morna
1 1/2 colher de chá de sal
530 gramas de farinha sem glúten
1 clara de ovo levemente batida com uma colher de sopa de água

Pré-aqueça o forno a 230 graus. Polvilhe o seu tabuleiro com farinha de milho (opcional caso use tapetes de silicone) e reserve.

Num copo, misture o fermento e 120 ml de água morna para activá-lo e deixe descansar por cinco minutos ou até que se forme 2cms de espuma.

Na tigela da sua batedeira coloque a restante água, junte o fermento e acrescente depois a farinha e o sal, e bata na velocidade alta durante cinco minutos.

A massa, que deverá ter a consistência de um creme espesso, deverá ser colocada em colheradas no tabuleiro. Com as mãos molhadas, modele as colheradas de massa até ficarem redondas. Deixe levedar por 15 a 20 minutos e pincele com a mistura de clara de ovo com água.

Coloque no forno, enquanto põe aí também 4 cubos de gelo, ou um pequeno tacho de água fervida, ao fundoCoza por 20 minutos, a 230 graus.

Passado esse tempo, reduza para 190 graus e coloque mais 4 cubos de gelo. Deixe cozer por mais 10-15 minutos. A crosta deve ficar dourada e sólida. Deixe arrefecer numa rede para bolos.


A massa depois de batida





Os pães antes de irem ao forno

A leitora Damares Bernardo experimentou
esta receita e gostou tanto que quis partilhar
os seus lindos pães. Obrigada Damares!










Férias sem glúten

Numa altura em que se aproximam as férias de Verão e, apesar da "Crise", queria deixar uma dica para aqueles que ainda não sabem onde ir, ou por falta de dinheiro, ou porque tem receio de que férias=incumprimento da dieta. Tivemos este dilema no primeiro Verão a seguir ao diagnóstico; uma pesquisa em sites espanhóis, apontou-nos no caminho da cadeia Playa Senator. Esta cadeia tem um acordo com a FACE, a associação de celíacos espanhóis, que lhe dá formação e reconhece como uma opção segura para férias.

Estivemos num hotel da cadeia em Cadiz quase uma semana em Junho de 2008 e, além de termos pago menos do que numa opção nacional, o miúdo teve sempre pratos sem glúten à escolha. Apenas tivemos que mencionar a condição dele aquando da reserva e correu tudo muito bem. É uma opção particularmente interessante para famílias com crianças pequenas pois neste hotel em particular tínhamos praia, piscina e actividades infantis. Fica a dica...


Na ponta da pistola

O ano passado descobri o Dispára-Biscoitos. Primeiro nos fóruns do Pink Blue, depois em blogs; por coincidência, ofereceram-me um destes aparelhos que se partiu na segunda utilização, exactamente na mesma altura em que o Lidl os colocou em promoção (era certamente o destino a tentar-me...). Tenho então em casa um destes:



















O desafio foi tentar adaptar as inúmeras receitas que encontrava em blogs nacionais para as caprichosas farinhas sem glúten. Entretanto descobri que este tipo de bolachas, em Inglês, se chamam "spritz cookies" e depressa cheguei a esta receita sem glúten.  Tenho feito esta receita tal como a vi, acrescentando por vezes erva-doce e canela para lhes dar um sabor mais "exquisito", como diriam os nossos hermanos. Falta-me experimentar fazê-la com a mistura panificável que tenho referido nas últimas receitas postadas, só para ver se as bolachas se disparam melhor pois, às vezes, a massa tem tendência a colar ao cano do aparelho.

Bolachas Disparadas

Ingredientes:
150 gramas de açúcar
230 gramas de manteiga
1 Ovo
1 Colher de chá de essência de baunilha
1 / 2 Colher de chá de essência de amêndoa (ou mais baunilha)
230 gramas de farinha de arroz
85 gramas de fécula de batata
40 gramas de polvilho doce
1 / 2 Colher de chá de goma xantana
1 / 2 Colher de chá de sal

Numa tigela (ou, como eu faço, no robot Kenwood que me poupa os braços) bata a manteiga e o açúcar por alguns minutos. Raspe as laterais da tigela e adicione o ovo e os extractos. Bata novamente por alguns minutos. Misture os ingredientes secos e adicione-os à tigela. Ligue a batedeira em baixa velocidade para incorporar a farinha. A massa deverá ficar mole mas maleável.

Coloque a massa no dispára-biscoitos com a ajuda de uma colher. Dispare a pistola apoiando-a no tabuleiro e leve os biscoitos a assar no forno a 190º graus por 6-8 minutos. Estarão prontos quando as bordas ficarem ligeiramente douradas.


terça-feira, 17 de maio de 2011

Viver sem glúten

Este post da Gluten Free Girl é inspirador. Um post de leitura obrigatória para aqueles que acham que a dieta sem glúten é o Bicho-Papão. Não é. Leiam.

PS: quem não percebe bem Inglês, pode obter uma tradução razoável aqui.

Update: o post que ela escreveu a seguir também é importante, em grande parte pelos comentários que recebeu e que descrevem exemplarmente a luta de muitos para chegar a um diagnóstico de uma condição associada ao glúten.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O senhor da pizza

Domingo à noite, por vezes, é noite de pizza. Até há pouco, eu fazia a massa com mais ou menos sucesso, ou então comprava uma base pré-cozinhada. O miúdo gosta sempre, quer eu ache que saiu bem ou não porque nunca provou uma pizza "normal", mas ultimamente a pizza tem outro encanto para ele. Isto porque a Telepizza passou a dispor de duas pizzas sem glúten, 4 queijos e Bacon+Queijo, iniciativa pioneira que tinha iniciado em Espanha e que chegou este ano cá. 

Isto também quer dizer que passou a vir um senhor trazer pizzas a nossa casa, quase como um Pai Natal fora de época, e Pai Natal quer sempre dizer alegria para o meu filho. E é assim que ele fica quando a pizza chega numa moto ruidosa a subir a nossa rua. Temos pedido a pizza de bacon que até nem é má, se bem que não reproduz uma pizza com glúten. Mas só pela "normalidade" que a experiência traz à vida dele, só por isso, obrigada Telepizza!

















Update (Agosto 2013)
A Telepizza vende agora pizzas sem glúten em tamanho individual. A questão agora é que, como a procura foi pouca, já não há muitas lojas que disponibilizem este produto.

Rótulos

Este fim de semana quis comprar Nesquik para o leite, mas não consegui. O símbolo que tinham colocado há pouco nas latas e em que se podia ler "Apto para uma dieta sem glúten" já lá não aparecia. E, como na dúvida, não compro, trouxe antes o equivalente em marca branca do Continente, já que, por norma, todos estes produtos trazem os alergéneos devidamente identificados. O sabor é o mesmo, desfaz melhor no leite e é mais barato.

No entanto, liguei para a linha de apoio ao consumidor para procurar uma explicação e para que a marca saiba que o cliente está atento. A menina que me atendeu foi muito simpática, mas a resposta não foi satisfatória: explicou-me que a receita do Nesquik não tinha alterado e o produto continua isento de glúten, mas como estão com uma promoção nova da PlayStation, não havia espaço na lata para o rótulo "sem glúten". Ah, OK, a promoção tem mais interesse que a saúde do consumidor, pensei eu. Disse então à menina que compreendia a posição da Nestlé, mas eu não iria comprar Nesquik enquanto não voltasse a ter lá o rótulo, eu e todos aqueles para quem aquele símbolo significa segurança na sua dieta. Sei que não adianta de nada, mas fiz a minha parte, e se todos fizermos, passamos a ter peso enquanto consumidores.

Entretanto, só nos resta aguardar por Janeiro de 2012 quando entrará em vigor uma directiva comunitária que obrigará todos os produtos a serem bem explícitos quanto aos alergéneos na sua composição, ie, o "pode conter glúten" vai ter que acabar.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pãezinhos

Pãezinhos pequenos para mãos e boca pequenas... esta receita ainda está a ser aperfeiçoada mas o miúdo já é grande apreciador.

Ingredientes:
1 1/2 colher de chá de açúcar em pó
1 1/2 colher de chá de sal fino
14 g fermento seco
2 colheres de sopa de óleo de girassol ou amendoim
350 ml água tépida

Pré-aqueça o forno a 200º. Polvilhe o tabuleiro com farinha.

Misture bem a farinha, o sal e o açúcar. Adicione o fermento e envolva-o na farinha completamente. Coloque a água num jarro e aqueça até aos 37-40º; em seguida junte as duas colheres de óleo. Despeje 200ml na tigela com a farinha e bata por 2-3 segundos. Despeje mais 100ml de água, e misture por mais 2-3 segundos. Em seguida, vá adicionado a restante àgua até que a massa esteja mole mas maleável - deve cair de uma colher, mas manter a sua forma também.

Com as mãos molhadas forme pequenas bolas. Deixe levedar durante 30 minutos em local temperado. De seguida pincele as bolinhas com manteiga derretida e vai ao forno por 15-20 minutos até dourar. Retire e deixe arrefecer.


Os pães depois de levedarem

Já prontos

Crosta crocante, recheio macio

Bolachas de chocolate às pepitas

As preferidas da miudagem.

Ingredientes:
140 gramas de farinha sem glúten
½ colher de chá de bicarbonato de sódio
½ colher de chá de sal
60 gramas de manteiga
55 gramas de margarina
50 gramas de açúcar
80 gramas de açúcar mascavado
1 colher de chá de essência de baunilha
1 ovo tamanho L
15 gramas de mistura para pudim de baunilha instantâneo
150 gramas de pepitas de chocolate

Pré-aqueça o forno a 190º. Misture a farinha com o bicarbonato e o sal numa tigela. À parte, bata a manteiga, a margarina, os açúcares e a essência de baunilha na batedeira até ficar cremoso. Adicione o ovo e misture bem. Aos poucos junte a farinha e a mistura de pudim. Adicione por fim as pepitas de chocolate e misture até estarem bem distribuídas por toda a massa. Envolva a massa em filme transparente e leve ao frigorífico para endurecer por 30 minutos.

Após esse tempo, e com a ajuda de duas colheres, coloque colheradas de massa num tabuleiro coberto com papel vegetal. Com o forno quente, coloque o tabuleiro e deixe a cozer entre 9 a 11 minutos. Quando as bolachas estiverem prontas, devem permanecer cerca de 2 minutos no tabuleiro e depois postas a arrefecer numa rede para bolos.


Uma torre de bolachas


terça-feira, 10 de maio de 2011

Essência caseira

Nas minhas receitas de doces é quase omnipresente a adição de essência de baunilha, o que me deixa com o eterno dilema de que marca comprar visto que os produtos a que tenho acesso em Portugal nunca mencionam a existência ou não de glúten e a lista de ingredientes é um tanto ou quanto nebulosa.  Nas minhas pesquisas encontrei, há uns tempos, uma receita para fazer em casa o que se vende nos supermercados. Dois meses volvidos, já cá tenho a minha essência de baunilha pronta a usar:




Receita:
1 garrafa de 500ml de vodka* triplamente destilada (neste caso do Lidl)
4 vagens de baunilha

Abrem-se as vagens longitudinalmente e colocam-se dentro da garrafa. Sacode-se bem e deixa-se em local escuro e seco durante dois meses, agitando o líquido periodicamente. Depois é só usar conforme necessário.


* A questão do vodka, e de outras bebidas com origem em cereais com glúten, é polémica: havendo quem defende que uma tripla destilação elimina todo e qualquer vestígio de glúten, há também quem defenda que não e celíacos ultra-sensíveis que  se sentirão contaminados ao beber vodka, whisky ou outras bebidas semelhantes. Na dúvida, pode-se usar rum nesta receita nas mesmas proporções, ainda que o sabor da essência fique mais áspero, podendo-se, nesse caso, acrescentar uma a duas colheres de sopa de açúcar mascavado.

Caracóis de canela

Esta receita tem sido um sucesso, nem uma migalha fica para contar a história.

Rolos de Canela
Ingredientes:
Para os rolos-
60 ml água morna
60 gramas açúcar
12 gramas de fermento seco
180 ml leite
60 gramas manteiga amolecida
1 ovo e 1 gema
1 colher de chá de sal
300 gramas de farinha sem glúten

Para o recheio-
150 gramas de açúcar mascavado
1 colher de sopa de canela
60 gramas de manteiga derretida

Para a cobertura-
50 gramas de açúcar mascavado
40 gramas de manteiga
60 gramas de mel
20 gramas de geleia de milho

Combine a água morna e o açúcar numa tigela pequena. Bata o leite, manteiga, ovos e sal, e junte à água. Misture a farinha com o fermento e lentamente acrescente-a aos líquidos. A massa deverá ficar consistente.

 Divida a massa ao meio. Reserve uma metade, e estenda a outra metade numa superfície enfarinhada. Não estenda a massa muito fina, cerca de 6 a 7 milímetros de espessura. Para colocar o recheio, espalhe a manteiga sobre a massa e polvilhe a mistura de açúcar com a canela uniformemente ao longo da superfície. Faça um rolo com a massa e corte-o com uma faca afiada em fatias de 5 centímetros. Repita com a outra metade da massa.

 A cobertura: misture os ingredientes numa tigela pequena e coloque no micro-ondas até a manteiga derreter. Misture bem e despeje no fundo de uma forma 35x23.
 Coloque os rolos de canela em cima do molho que colocou na forma, espaçados uniformemente. Cubra com filme plástico e coloque num local aquecido para levedar por aproximadamente 45 minutos. Pré-aqueça o forno a 190º. Leve ao forno por 30-40 minutos, até o molho estar a borbulhar e os rolos estarem dourados. Desenforme num prato. Esta receita faz cerca de 20 rolos.


Os rolos depois de levedarem


O produto final


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma primeira receita

Fiz há pouco tempo umas bolachas de "gingerbread" (gengibre) que, ainda que sejam sem glúten, são mais apreciadas pelo pai do que pelo filho.

Bolachas de Gingerbread
Ingredientes:
110 gramas de manteiga sem sal
95 gramas de de açúcar
 175 gramas de melaço
 1 gema de ovo
 250 gramas de farinha sem glúten
 1 / 2 colher de chá de sal
 1 / 2 colher de chá de fermento em pó
 1 / 2 colher de chá de bicarbonato de sódio
 1 colher de chá de canela em pó
 1 colher de chá de gengibre
 1 / 2 colher de chá de noz-moscada moída


 Preparação:
 Numa tigela grande, bata a manteiga e o açúcar até ficar cremoso. Adicione o melaço e a gema de ovo. À parte, misture a “farinha sem glúten”, o sal, o fermento, o bicarbonato, a canela, o gengibre e a noz-moscada. Acrescente depois à tigela com o melaço até ficar homogéneo. Cubra e coloque no frigorífico por 30 minutos ou mais até ficar firme.
 Pré-aqueça o forno a 175 graus Cº. Numa superfície enfarinhada, estenda a massa até ficar com 6 milímetros de espessura. Corte no formato desejado com cortadores de bolacha. Coloque as bolachas a 2 centímetros de distância num tapete de silicone ou em forma untada com manteiga.
Vai ao forno por 8-10 minutos, até ficar firme. Deixe as bolachas arrefecerem e decore, se quiser, quando estas estiverem frias.


Farinha Sem Glúten


Imagem retirada da Net

Até há pouco tempo, debatia-me com a substituição da farinha de trigo nas receitas que a incluíam: ora usava misturas panificáveis como as da Schar ou da Proceli que são caras e de pouco conteúdo nutricional, ou usava farinhas alternativas como soja e grão de bico, às quais juntava goma xantana para lhes dar elasticidade, mas que tinham um sabor mais acentuado. E enquanto na confecção de bolos estas tácticas funcionavam, no pão ou outro tipo de doces, a coisa corria menos bem.




Recentemente, enquanto procurava uma receita de cinnamon rolls (caracóis de canela) que funcionasse, encontrei este blog e esta receita. Os cinnamon rolls tinham um aspecto fantástico, mas tinham sido feitos com uma mistura panificável que eu desconhecia: Better Batter, há venda nos EUA."Ora", pensei" já me tramaram". Pesquisei para tentar descobrir onde comprá-la e encontrei este post onde uma senhora explica que um grupo num fórum onde ela participa tinha conseguido duplicar a fórmula dessa mistura da Better Batter. Resolvi experimentar e foi quase como descobrir a Teoria do Big Bang da culinária sem glúten: nas minhas mãos tinha uma massa maleável, que não colava às mãos nem partia. Assim consegui fazer uns cinnamon rolls que desapareceram num ápice... juro que, se fosse mulher choradeira, tinha vertido umas lágrimas.

Esta mistura ainda não me desiludiu e é usada na maior parte das receitas que irei postar. Os ingredientes são relativamente fáceis de encontrar: como não encontro à venda farinha de batata (não fécula), substituí pela farinha de millet (cereal à venda nas ervanárias), a pectina vende-se no Celeiro e a goma xantana na Casa de Bolos , na Coisas Kom Sentido, no Celeiro, nos hipermercados do El Corte Inglés e nos Supermercados Apolónia. Eis as quantidades:

320 gramas de farinha de arroz
320 gramas de farinha de arroz integral
160 gramas de polvilho doce
160 gramas de fécula de batata
40 gramas de farinha de coco
36 gramas de goma xantana
16 gramas de pectina

Normalmente faço por atacado e, assim,  tenho sempre farinha pronta quando quero fazer algo. Substituo pela farinha indicada nas receitas e voilá, como diz o miúdo, "isto é mesmo saboroso".

Update 1

Update 2: depois de ver este post da Nicole Hunn, decidi experimentar com a versão dela e os resultados têm sido ainda melhores. Sendo assim, actualizei uma vez mais as quantidades, e troquei o millet pela farinha de coco, que me parece mais próxima à farinha de batata original (para quem não tem acesso a esta farinha, penso que a fécula de mandioca possa ser uma boa alternativa).


Humor sem glúten

Imagem retirada da Net
Inspirado daqui:
Você sabe que é intolerante ao glúten:
Se não se lembra a que sabem as bolachas de água e sal.
Se trouxer cerveja “especial” para uma festa, e não partilhar.
Se tiver pesadelos sobre leitura de rótulos.
Se comparar todos os seus alimentos à "comida das pessoas normais".
Se ligar a todos os seus familiares e amigos quando fica doente pois deve ser porque alguma coisa que você comeu nas suas casas estava contaminado.
Se chora quando descobre uma nova maneira de fazer pão sem glúten. E liga para todos os seus parentes e amigos.
Se sabe o que é goma xantana.
Se não lambe selos.
Se a sua mãe está com medo de cozinhar.
Se sabe que espelta é um primo distante do trigo, mas trigo sarraceno não está relacionado de todo com o trigo.
Se chora de alívio ao ver a expressão "sem glúten" carimbado na embalagem de um produto.
Se vendeu a sua casa para comprar produtos de mercearia.
Se vendeu o seu primeiro filho para comprar produtos de mercearia.
Se pode encontrar "glúten escondido" nos rótulos dos alimentos, só ao olhar de relance.
Se teve que dar um curso intensivo a um médico em “Introdução à Doença Celíaca”.
Se chora em piqueniques, festas, recepções e lojas de fast-food.
Se chora ao pequeno-almoço, almoço e jantar.
Se traz um tupperware com comida para um jantar elegante.
Se alguma vez conduziu mais de 40 quilómetros para comprar farinha ou bolachas.
Se demora 4 horas no supermercado e a sua visão sofre com isso.
Se começa a hiperventilar ao passar pela padaria.
Se pagasse de bom grado qualquer preço por um salgadinho que não saiba a serradura, ou pão que não saiba a sola de sapato.
Se tiver deserdado entes queridos por colocarem as suas facas no SEU frasco de maionese.
Se traz uma mala cheia de comida quando viaja.
Se descobriu como fazer farinha a partir de nabos.
Se ler o rótulo com os ingredientes num pacote de chá verde - chá verde simples.

Contaminação Cruzada

Imagem retirada da Net

Boas práticas para evitar a contaminação com Glúten:

·    Quem faz uma dieta glúten deve ter a sua própria manteiga/compota, assim como uma tábua de cortar.

·    O mesmo aplica-se às torradeiras.

·    Se não for possível ter uma secção da bancada própria para preparar comida sem glúten (SG), garantir que a superfície se encontra lavada e isenta de qualquer restos de pão ou farinha.

·    Faça primeiro a comida SG e guarde-a bem antes de usar farinha normal. A poeira da farinha no ar poderá assentar em alimentos SG, contaminando-os. Nota: os celíacos devem evitar respirar em ambientes onde se está a trabalhar a farinha normal pois a poeira pode entrar nas passagens nasais e acabar sendo digerida.

·    Use utensílios limpos – os talheres estão bons antes de serem usados, mas assim que tocam comida com glúten (CG) podem contaminar os alimentos SG. Como referido no primeiro ponto, a melhor solução passa por ter um frasco (seja de compota, manteiga, etc.) só para o doente celíaco.

·    Esteja atento quando tiver convidados a ajudar na cozinha – não terão o seu cuidado e poderão distraí-lo.

·    Ao preparar sandes, faça primeiro aquelas com pão SG – lave as mãos depois de tocar em alimentos CG quando for tocar nos alimentos SG.

·    Garanta que todos os utensílios na cozinha, tais como panelas, estão devidamente limpos antes de preparar alimentos SG.

·    É melhor ter um conjunto de utensílios próprios para cozinhar comida SG- as colheres de pau que já tenham preparado refeições sem glúten, não servem, pois a madeira é um material poroso e o glúten, sendo altamente aderente, pode aí permanecer mesmo depois de os utensílios terem sido lavados. Adquira também um coador próprio para as massas SG.

·     Lave tudo com água quente e detergente.

·     Use luvas ao preparar comida SG se possível. Confira se o pó das luvas está isento de glúten.

·      Use contentores em vácuo, devidamente identificados para todos os alimentos SG.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...