Descobri recentemente no Facebook uma página nova chamada "Sofrimentos de um Celíaco" que prova que é possível fazer uma dieta sem glúten e divertir-se com isto. Como explicam os seus autores, "humor é o tempero sem glúten da vida." Aconselho vivamente porque o riso nunca é demais.
INFORMAÇÃO É PODER
DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN
DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Nos anos 50, sem glúten
Recentemente, fizemos uma viagem até aos anos 50 na América. Seguindo uma indicação no fórum espanhol Foro de Celiacos, fomos almoçar ao restaurante Tommy Mel's de Vigo. Esta é uma cadeia de restaurantes que recria os diners americanos dos anos 50, tão nossos conhecidos através dos filmes de Hollywood. Não sendo uma cozinha gourmet, é comida de fast-food alguns pontos acima do McDonalds e vale sobretudo pela experiência, particularmente no caso das crianças: além de todo um ambiente colorido, podem comer hamburgueres, sandes e milkshakes, e ainda ganham balões, chupas-chupas e o menú infantil transforma-se num carro. Tudo sem glúten! O restaurante tem menú próprio para celíacos e o franchising em que estivemos tem, em particular, uns empregados muito simpáticos e conhecedores da dieta sem glúten. Além disso, a um custo não muito elevado. Fica a dica para quem for para os lados dos nuestros hermanos, pois existem vários destes restaurantes em Espanha.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Minipreço sem glúten
Todos os dias deparamo-nos com pequenos indícios de que a dieta sem glúten vai tendo mais visibilidade. Hoje foi a listagem online dos produtos marca Dia do Minipreço. Em seis páginas podemos verificar quais dos seus produtos trazem o símbolo da espiga barrada, sendo que a maior parte encontra-se na charcutaria. Podem verificar aqui:
Nutrição Minipreço
Nutrição Minipreço
domingo, 18 de agosto de 2013
Biscoitos de limão com amêndoa
Apetecia-me algo doce, mas não muito doce, pelo que comecei a pensar em biscoitos de limão, um fruto de Inverno com sabor de Verão. Esta receita da Vaqueiro pareceu-me fácil e rápida, mas sem os pistáchios que não figuram no nosso top caseiro de frutos secos. Pareceu-me que a farinha de amêndoas seria um bom complemento e algo com que preencher a quota dos pistáchios. Os miúdos não apreciaram, talvez pelo seu sabor mais ácido que doce, logo quem preferir, pode aumentar a quantidade de açúcar. Estes ficaram para a mãe.
Ingredientes:
100 gramas de açúcar
200 gramas de farinha Doves Farm White Self Raising1 limão
60 gramas de farinha de amêndoas
175 gramas de margarina
1 clara
Adicione a margarina cortada em pedaços e trabalhe-a com os
restantes ingredientes, com as pontas dos dedos, até obter uma massa com o
aspecto de uma areia grosseira. Junte a clara e o sumo do limão e amasse até
conseguir moldar em bola.
Retire pedaços de massa, faça pequenas bolas e espalme-as em
seguida. Coloque os biscoitos num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal
e leve ao forno pré-aquecido a 200ºC entre 12 a 15 minutos, até dourarem. Deixe
arrefecer sobre uma rede.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Ataques de pânico
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Imagem retirada da Net |
Já aqui falei dos efeitos a nível do cérebro da ingestão de
glúten em pessoas geneticamente predispostas a condições associadas a esta
proteína. A propósito de um estudo italiano de 2002 que encontrei recentemente,
aproveito para falar dos ataques de pânico que podem ser, em algumas pessoas,
um sintoma de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten não celíaca.
O resultado deste estudo evidencia um aumento de anticorpos
peroxidase da tiróide em pacientes com doença celíaca em relação a indivíduos
saudáveis, 31% em pacientes com doença celíaca, contra 10% dos indivíduos
saudáveis. Os pacientes com doença celíaca
também tiveram um número de sintomas depressivos ou de ansiedade significativamente
maior do que as pessoas saudáveis, e ainda
maior em pacientes com doença celíaca e transtornos da tiroide.
Como já tínhamos visto aqui, a probabilidade de existir
concomitantemente doença celíaca e doença da tiroide é elevada. Este estudo
acrescenta mais um dado à equação e conclui que os pacientes com doença celíaca
têm uma maior prevalência de ataques de pânico, ataques de pânico ou
transtornos depressivos, e o relacionamento com doença da tiróide é um factor
de risco para o desenvolvimento desses distúrbios psiquiátricos.
Este estudo levou-me ao testemunho que trago hoje de uma
jovem norte-americana que se curou dos ataques de pânico de que padecia com uma
dieta isenta de glúten.
“A minha história
celíaca
Em Abril do ano passado, tive um vôo horrivelmente
turbulento pouco antes do fim-de-semana de Páscoa e, naquela noite, o meu
primeiro ataque de pânico. Eu nunca tinha sentido nada parecido - uma completa
perda de controlo, agitando os membros, e o medo palpável de que eu estava
perto da morte. Implorei ao Shawn para levar-me a um hospital, pensando que
algo estava muito mal. Ele tentou acalmar-me e preparou-me um banho quente, o
que ajudou um pouco. Rezámos e pedi aos meus pais e a alguns amigos para
rezarem, o que também ajudou. Mas era ainda um mistério porque é que isso tinha
acontecido. Era diferente de tudo o que eu já tinha experimentado, e não sinto
que estivesse numa época particularmente estressante na vida. O vôo tinha sido
assustador, mas não o suficientemente mau para causar tais graves sintomas.
Com os dias e semanas a passarem, não tive mais outro ataque
em grande escala, mas sentia pânico a cada duas semanas e as minhas pernas tremiam
(como nos grandes calafrios). Outros sintomas começaram a aparecer também.
Desenvolvi uma aborrecida dor de cabeça constante que aumentava e reduzia em gravidade.
E depois de comer, quase sempre eu sentia-me enjoada e tonta e tinha que
deitar-me até que passasse. Tornei-me uma especialista em fingir que estava
bem, mas mesmo se eu parecia completamente normal para os amigos, normalmente
não estava bem.
Havia também sintomas gastrointestinais, tais como acordar a
meio da noite esfomeada. Eu tinha tanta fome às duas ou três horas da manhã que
corria cegamente para o frigorífico, comer um pouco de manteiga de amendoim ou
pão e, em seguida, voltar a dormir por algumas horas. Eu acordaria novamente o
mais tardar às cinco horas pelo mesmo motivo.
Como pode ver, esta não era uma boa maneira de viver.
Isto durou cinco a seis meses, e durante este tempo, visitei
cinco médicos diferentes. Os dois primeiros médicos achavam que eu estava
"apenas grávida" e rejeitaram os meus sintomas como de uma gravidez incipiente.
Para que conste, eu não estava grávida, e fiquei frustrada porque realmente eles
não me tinham ouvido. Para os tremores nas pernas, um médico disse: "Não
se preocupe, você não tem MS" e prescreveu um potente relaxante muscular com
efeitos colaterais horríveis, que eu optei por não tomar.
Outro médico supôs que eu tinha problemas de açúcar no
sangue, e mandou-me para casa com um monitor de glicose. Eu sabia que não era a
candidata típica para diabetes, mas eu aceitei a sua ideia. Testei o meu açúcar
no sangue a cada duas horas ou quando os sintomas ocorriam, mas os números não
coincidiam com os meus sintomas, como eu esperava. Tinha muito baixa de açúcar
no sangue (hipoglicemia) às vezes, mas nunca um valor muito alto, o que
indicaria diabetes. E isso não respondia por todos os sintomas que eu estava a
ter.
Este miserável "não saber" durou sete meses, até
que tivéssemos uma resposta. Eu fiz 16 exames de sangue diferentes, e o único
que apareceu como anormal indicou que eu poderia ter uma intolerância ao glúten
ou doença celíaca. Eu pensei que o glúten era como a glicose (de volta para os
problemas de açúcar no sangue), mas quando fiz mais pesquisas, descobri que
este é uma proteína encontrada no trigo, cevada e centeio.
Nessa altura, eu estava disposta a tentar qualquer coisa,
mas estava muito céptica de que algo que eu comia podia causar sintomas
neurológicos. Mas, ainda assim, cortei o glúten completamente da minha dieta.
Você ficaria surpreso com o quão isso é difícil no início! Nem pão, nem massa,
nem bolachas, nenhum cereal de pequeno-almoço. E não pára aí - o glúten é
encontrado em muitas sopas, molhos, molho de soja, e até mesmo em certos aromas
de café, leite de soja e sacos de chá que são selados com pasta de trigo! É um
campo minado da culinária! Tornei-me uma leitora incessante de rótulos, tentando
detectar se havia fontes de glúten escondidas em alguma coisa que eu comesse (o
glúten pode até ser disfarçado como "amido modificado", por exemplo).
Mas funcionou.
Algumas semanas após iniciar a minha nova dieta, senti-me eu
própria novamente! Não tinha mais ataques de pânico, nem tremores nas pernas,
nem dores de cabeça, nem náuseas, nem tontura. E agora, três meses depois, a minha
saúde foi completamente restaurada! Louvado seja o Senhor!
O problema é que, quando se afasta do glúten, o seu corpo
torna-se ainda mais intolerante com ele. Assim, se eu ingerir um vestígio de
glúten (como no caso do meu frango que era grelhado juntamente com outro frango
coberto com molho com glúten), eu poderei ficar muito doente e a vomitar
durante horas. Logo, eu tomo muito, muito cuidado.
Uma pergunta que me faziam muito era: Se sempre foste alérgica
ao glúten, como é que só agora descobriste? Bem, pelo que eu li, a doença celíaca
é uma doença complicada e manifesta-se de muitas maneiras diferentes ao longo
da vida. Olhando para trás na minha própria história, as peças do puzzle
encaixam-se e faz todo o sentido que eu tenha sempre sido intolerante ao glúten
e não o soubesse durante muitos anos. Por exemplo, eu tinha asma e alergias e
bronquite crônica no ensino básico, e refluxo crónico no ensino secundário.
Estes sintomas e outros apontam para a doença celíaca, embora muitos não sejam
diagnosticados até aos seus vinte e poucos anos ou mais tarde, quando o seu
corpo diz "basta" finalmente, e há uma reacção mais aguda. A maioria vivencia
sintomas gastrointestinais, alguns nunca os têm.”
Outros posts sobre o tema:
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Um Primor
Como não há duas sem três, aqui fica a terceira recomendação do mês: fiambres Primor. Já me tinham falado, mas ainda não tinha visto os seus novos rótulos em que se pode ver (à distância) "Sem Glúten". Inclusive, a sua gama Natura é sem glúten e sem lactose, uma boa notícias para quem tem que evitar este açúcar do leite, o que acontece frequentemente aos celíacos. Encontrei à venda no Continente. Fica, então, a dica.
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Imagem retirada da Net |
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Um snack saudável e sem glúten
Recentemente, a APC, na sua página de Facebook, anunciou um novo produto sem glúten: fatias de maça desidratadas e crocantes da Fruut. Este produto apresenta-se assim:
"Fruut é 100% natural, feito a partir de finas fatias de
fruta produzida em Portugal, sem adição de açúcar, gordura ou conservantes,
podendo ser consumido como aperitivo, snack ou sobremesa. O processo de secagem
reduz o teor de humidade de 85% a cerca de 2%, resultando um delicioso e
crocante petisco. Tratando-se de um produto sem Glúten e sem adição de açúcar,
pode ser consumido por celíacos, diabéticos e doentes
cardiovasculares."
Confesso que quando vi o post não lhe prestei muita atenção, mas, ontem, fiquei tentada quando vi as embalagens tão coloridas no supermercado, e resolvi comprar um pacote na versão "maçã vermelha", quase como a Eva no Paraíso. Foi um sucesso lá em casa! Os rapazes comeram as tiras de maçã como se fossem bolachas, mas em versão saudável. Existem embalagens de 60 e 20 gramas, ideais para trazer na carteira e podermos socorrer-nos de um produto seguro quando fora de casa. Podíamos também trazer uma maça na carteira? Podíamos, mas, e especialmente no caso das crianças, não seria a mesma coisa.
Página de Facebook aqui.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Pastéis de feijão sem glúten
Começaram a ser vendidos recentemente nas lojas Jumbo, uns pastéis de feijão da marca São Pedro, que ostentam com bastante visibilidade um "Sem Glúten". Podem ser comprados individualmente (0,88€), em embalagens de quatro ou em bolo. Confesso que apesar de serem bastante saborosos, não esperava que fossem parecidos com um queque, mas sim com os pastéis de feijão que conheço, com uma casquinha de massa tenra e um recheio de amêndoa e feijão. Estes não trazem casquinha, mas não deixam de ser uma boa opção sem glúten e uma iniciativa a louvar. Esperemos que os artistas da marca se inspirem e para a próxima acrescentem ao portfolio um pastel de feijão com massa tenra sem glúten.
Página de Facebook aqui.
Agora sim, H3 sem glúten
Há mais de um ano atrás, escrevi um post em que comentava sobre o facto de a cadeia de hambúrgueres H3,
uma marca nacional, disponibilizar um menu sem glúten em Espanha e em Portugal
não. Na altura, a H3 respondeu que estava a tratar do assunto e, assim que
tivessem um menu pronto, informariam a APC.
Entretanto, já fomos várias vezes à loja H3 local e nunca
vimos o dito menu, nem sequer informação se o mesmo existia. Recentemente,
soube pelo blog Sem Glúten, Por Favor! que a H3 Brasil, aberta há pouco tempo, já disponibilizava no seu website e na sua página de Facebook o menu
apto para celíacos. Questionei a APC se esse mesmo menu já existiria em
Portugal, ao que esta respondeu que não recebeu nenhuma informação da H3 nesse
sentido.
Sendo assim, contactei a H3 Portugal para expressar o meu
descontentamento com a situação. Outros celíacos com quem falei fizeram o
mesmo. Soubemos, entretanto, por alguns celíacos que os menus já estariam
disponíveis nas lojas, a pedido, há algum tempo. A informação de que os mesmos
existem é que é nula.
Ainda não recebi uma resposta da H3, mas foi disponibilizado
ontem um link no website português, à
imagem do brasileiro, para descarregar o menu para celíacos. O menu ainda não
está disponível na página de Facebook, mas quero acreditar que será apenas uma
questão de tempo. Da mesma maneira, quero acreditar que, tal como em Espanha e
como podem ver na imagem de uma loja nesse país, a existência de menu próprio
vai estar bem à vista nas lojas. Nem todos gostam ou têm acesso às redes
sociais ou Internet, pelo que a informação na loja é muito importante.
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Imagem retirada da Internet |
Update 16/08-
A H3 respondeu-me da seguinte forma em relação à questão que lhes havia colocado do diferente tratamento da informação em Portugal, Espanha e Brasil:
“Qualquer ação de divulgação aos clientes veiculada pela h3
Espanha ou h3 Brasil tem de ser apoiada, promovida ou aprovada pela “Empresa
mãe” sediada em Portugal. Por isso, a informação a que teve acesso pela h3
Espanha ou pela h3 Brasil, foram facultadas pela h3 Portugal e a sua forma de
divulgação sujeita a aprovação pela mesma.
A forma como promovemos as nossas ações de marketing ou como
transmitimos informação aos nossos clientes segue uma política interna
específica à qual os nossos clientes são alheios, como é normal. Existem razões
para o fazermos de uma determinada forma e não de outra, que se prendem com a
gestão interna da empresa. No entanto, não queremos com isto dizer que não
ouvimos os clientes e que as suas sugestões não são bem vindas. Muito pelo
contrário, estamos sempre atentos às suas sugestões e principalmente reclamações,
pois estas são sempre excelentes oportunidades de melhoria à nossa forma de
trabalhar.”
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