Abrimos o mês de Junho com um artigo recente que reporta as novidades que surgiram de um estudo americano publicado na revista Clinical Gastroenterology and Hepatology que abalou algumas das ideias que se tinha sobre a doença celíaca.
"Investigadores
descobrem surpresas sobre a doença celíaca
Imagem retirada da Net |
Uma nova pesquisa revelou algumas descobertas surpreendentes
sobre quem desenvolve a doença celíaca nos Estados Unidos. O estudo descobriu
que é mais comum entre as pessoas cujos antepassados vieram da região do
Punjab, na Índia. Anteriormente, os especialistas pensavam que a doença celíaca
afectava mais brancos de ascendência europeia.
A doença celíaca também parece afectar igualmente homens e
mulheres, independentemente da etnia, disseram os investigadores.
"Hoje, é reconhecida como uma das doenças hereditárias
mais comuns em todo o mundo", disse o autor do estudo, Dr. Benjamin
Lebwohl, num comunicado de imprensa da American Gastroenterological
Association. O Dr. Lebwohl é professor assistente de medicina e epidemiologia no Celiac
Disease Center da Columbia University, em Nova Iorque.
(...) A doença celíaca afecta cerca de 1,8 milhões de
americanos, afirmaram os investigadores. Mas a doença é, muitas vezes, sub-diagnosticada,
disse o CDF. O diagnóstico é confirmado através de uma biópsia de tecido do
intestino delgado, disseram os investigadores.
"As nossas descobertas ajudam a esclarecer qual a distribuição
da doença celíaca nos EUA e ajudará os gastrenterologistas no diagnóstico dos
seus pacientes", disse o Dr. Lebwohl.
Para este estudo, os investigadores analisaram dados de mais
de 400.000 biopsias intestinais. Também usaram os nomes dos pacientes para
ajudá-los a descobrir a distribuição da doença. Esta inclui um número de
etnias, como as do Norte da Índia, Sul da Índia, Leste Asiático, Hispânico, Médio
Oriente, judeus e outros americanos.
Assim como encontraram altas taxas da doença em pessoas da
região do Punjab na Índia, os investigadores também descobriram que a condição
era muito menos comum entre os americanos com ascendência no sul da Índia,
Leste Asiático e hispânicos.
Entretanto, as pessoas com etnias judaica e do Médio Oriente
tinham taxas da doença semelhantes às de outros americanos.
O estudo não mostrou nenhuma diferença nas taxas masculinas
e femininas da doença celíaca em todos os grupos étnicos. Isto é importante
porque estudos anteriores sugeriram que a doença celíaca pode ser mais comum em
mulheres. Os investigadores consideraram que os médicos podem não procurar tanto
pela doença nos homens.
"Com base nos nossos resultados, recomendamos que
os médicos considerem a doença celíaca nos homens tão frequentemente como
consideram nas mulheres", disse o Dr. Lebwohl."
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