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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Surpresas da doença celíaca

Abrimos o mês de Junho com um artigo recente que reporta as novidades que surgiram de um estudo americano publicado na revista Clinical Gastroenterology and Hepatology que abalou algumas das ideias que se tinha sobre a doença celíaca.

"Investigadores descobrem surpresas sobre a doença celíaca

Imagem retirada da Net
Uma nova pesquisa revelou algumas descobertas surpreendentes sobre quem desenvolve a doença celíaca nos Estados Unidos. O estudo descobriu que é mais comum entre as pessoas cujos antepassados ​​vieram da região do Punjab, na Índia. Anteriormente, os especialistas pensavam que a doença celíaca afectava mais brancos de ascendência europeia.

A doença celíaca também parece afectar igualmente homens e mulheres, independentemente da etnia, disseram os investigadores.

"Hoje, é reconhecida como uma das doenças hereditárias mais comuns em todo o mundo", disse o autor do estudo, Dr. Benjamin Lebwohl, num comunicado de imprensa da American Gastroenterological Association. O Dr. Lebwohl é professor assistente de medicina e epidemiologia no Celiac Disease Center da Columbia University, em Nova Iorque.

(...) A doença celíaca afecta cerca de 1,8 milhões de americanos, afirmaram os investigadores. Mas a doença é, muitas vezes, sub-diagnosticada, disse o CDF. O diagnóstico é confirmado através de uma biópsia de tecido do intestino delgado, disseram os investigadores.

"As nossas descobertas ajudam a esclarecer qual a distribuição da doença celíaca nos EUA e ajudará os gastrenterologistas no diagnóstico dos seus pacientes", disse o Dr. Lebwohl.

Para este estudo, os investigadores analisaram dados de mais de 400.000 biopsias intestinais. Também usaram os nomes dos pacientes para ajudá-los a descobrir a distribuição da doença. Esta inclui um número de etnias, como as do Norte da Índia, Sul da Índia, Leste Asiático, Hispânico, Médio Oriente, judeus e outros americanos.

Assim como encontraram altas taxas da doença em pessoas da região do Punjab na Índia, os investigadores também descobriram que a condição era muito menos comum entre os americanos com ascendência no sul da Índia, Leste Asiático e hispânicos.

Entretanto, as pessoas com etnias judaica e do Médio Oriente tinham taxas da doença semelhantes às de outros americanos.

O estudo não mostrou nenhuma diferença nas taxas masculinas e femininas da doença celíaca em todos os grupos étnicos. Isto é importante porque estudos anteriores sugeriram que a doença celíaca pode ser mais comum em mulheres. Os investigadores consideraram que os médicos podem não procurar tanto pela doença nos homens.

"Com base nos nossos resultados, recomendamos que os médicos considerem a doença celíaca nos homens tão frequentemente como consideram nas mulheres", disse o Dr. Lebwohl."


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