Através do blog, apercebo-me que muitas das pessoas que fazem a dieta sem glúten preferem evitar as misturas de farinhas comerciais como, por exemplo, da Schar ou da Beiker, e fazer as suas próprias misturas. Não nego a conveniência de uma mistura já feita, mas também compreendo que se prefira fazer em casa e poupar algum dinheiro. Assim, quando encontro uma dessas receitas, tenho que a experimentar.
A semana passada encontrei esta receita num post de um grupo de celíacos espanhóis do Facebook e pus mãos à massa. O resultado está à vista: um pão com uma textura suave e que se aguenta fresco durante dois dias. Mas não há milagres: é mesmo preciso usar psílio. "Pode-se substituir o psílio?" é uma pergunta recorrente sobre as receitas de pão que levam este ingrediente, dúvida que se deve prender à relativa dificuldade em comprá-lo em Portugal. Infelizmente, a resposta é não; pode-se pôr mais goma xantana, pôr linhaça moída, sementes de chia, pectina, goma guar... O efeito não será o mesmo.
Pessoalmente, prefiro abrir os cordões à bolsa e encomendar o psílio da marca Finax da Querfood ou Foodoase, sabendo que o pão sairá bem e que não será um desperdício de farinha, do que inventar substituições. Numa casa em que todos comemos pão sem glúten é muito importante que este seja comestível, sim, mas principalmente que não deixe saudades do pão com glúten.
Ingredientes:
200 gramas Maizena
100 gramas polvilho doce
100 gramas farinha de arroz
50 gramas farinha de arroz integral
50 gramas de farinha de trigo sarraceno
10 gramas de sal
10 gramas de goma xantana
10 gramas de psílio
5 gramas de fermento seco
15 gramas de mel
5 gramas de fermento em pó tipo Royal
550 gramas de água tépida
Misture todos os ingredientes secos na cuba da sua
batedeira.
Dilua o mel na água e vá juntado-a à farinha com a batedeira
em funcionamento durante 3 a 4 minutos.
Deixe repousar 10 minutos e volte depois a bater durante 3 a
4 minutos.
Tape e deixe a levedar no frigorífico entre 8 a 12 horas,
até que quase duplique de tamanho.
Retire para uma superfície polvilhada com farinha e modele
como bolas ou pequenas baguettes. Deixe levedar de novo durante 20 minutos.
Leve ao forno pré-aquecido a 230ºC num tabuleiro forrado a
papel vegetal com vapor (coloque um pequeno recipiente de metal com dois dedos
de água no fundo do forno quando o ligar), durante 15 minutos. Baixe para 210ºC
e deixe cozer mais uns 10 a 15 minutos, até que soem a oco.
Deixe arrefecer numa rede antes de cortar.
Olá. A receita parece-me optima. No entanto, n podemos comer mel. Podemos retirar sem alterar a qualidade do produto? Que conselhos me daria para o substituir? Obrigada.
ResponderEliminarLucente, ficaram muito bonitos. Miúdos e graúdos devem ter gostado. Como ficaram por dentro? Em relação ao preço: Se não comprarem a Maizena, o polvilho, o trigo sarraceno e a goma em promoção duvido que o preço por kilo dos ingredientes secos seja muito inferior ao de uma mistura panificável (que também se pode adquirir em promoção). O uso do Sarraceno, do polvilho junto com o psílio (que não dispenso pelo que não entro se quer em linha de conta com ele para preço / kg de ingredientes secos) por si já dão alguma liga, à qual acresce a propriedade da goma. Obrigada por mais uma receita.
ResponderEliminarEliana,
ResponderEliminarO mel, enquanto fonte de açúcar, serve como "alimento" para o fermento e para uma crosta mais dourada. Na receita original, a sua autora aponta outras possíveis fontes de açúcar: xarope de agave e xarope de milho (penso que vendem nas lojas Celeiro). Eu acrescentaria ainda o xarope de acer e o xarope de arroz. O açúcar granulado (de cana ou de coco) seria uma outra opção, mas teria que mexer na quantidade de líquidos na receita
De nada Ana!
ResponderEliminarMuchísimas gracias desde Barcelona, España, por compartir mi receta, me alegra saber que puede llegar a más personas, que la intentarán hacer. Obrigada
ResponderEliminarGracias yo por tu receta! Los panes salen de maravilla!
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