O prometido é devido e aqui está o outro artigo que tinha sobre a existência de diferentes graus de intolerância ao glúten e a incapacidade dos actuais testes em detectar os mais subtis. Penso que é importante a medicina olhar com atenção para este assunto principalmente em familiares de doentes celíacos que podem ter análises negativas, mas terem todo o potencial genético para assumirem uma variável mais discreta da intolerância ao glúten. Estas pessoas continuam a ingerir alimentos com glúten, perpetuando os seus sintomas e mal-estar quando poderiam estar a viver uma vida mais saudável, removendo o glúten da sua dieta. Sei que a medicina eventualmente chegará lá, mas entretanto devemos olhar para nós e decidirmos o que queremos fazer da nossa saúde.
"Novo estudo mostra que é possível reagir ao glúten, mas não ter a doença celíaca
26 de janeiro de 2011
Em conversa com uma senhora na segunda-feira, esta dizia-me que tinha uma "intolerância ao glúten". Muitos médicos assumem que isso significa que ela teria a doença celíaca (sensibilidade ao glúten nos alimentos, como trigo, centeio e cevada que provoca alterações no intestino e sintomas gastrointestinais, e pode levar à desnutrição, se não for tratada). No entanto, acredito que as pessoas podem reagir ao glúten e ter sintomas de isso, mesmo não tiverem a doença celíaca clássica. Já escrevi sobre isso anteriormente aqui.
Esta mulher tem sintomas intestinais quando come glúten, mas não tem quando não o faz. Os testes revelam que ela não tem doença celíaca. Muitos médicos e outros profissionais de saúde poderiam ser tentados a imaginar que a reação da mulher ao glúten “estão na sua cabeça". No entanto, como estudo a que este blog se refere explica, é possível reagir aos alimentos de uma maneira que escapa aos testes convencionais. Às vezes, nós médicos simplesmente não compreendemos o quão limitados são os nossos métodos de teste, e contentamo-nos em decretar que “não há nada de errado com você" quando os resultados dos testes que fazemos são negativos. Este raciocínio é fundamentalmente insuficiente.
Estava interessado em ler sobre um estudo recente que está relacionado com a Sensibilidade ao Glúten. Este estudo australiano centra-se em indivíduos tais como a senhora que eu conheci na segunda-feira: teêm os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável, controlados pela ingestão de uma dieta sem glúten, mas a doença celíaca tinha sido excluída como um diagnóstico.
Cerca de metade deste grupo foram alimentados com pão e um bolo com glúten diariamente. A outra metade foi alimentada com pão e um muffin sem glúten. Quase 70 por cento dos indíviduos que ingeriram alimentos que continham glúten tiveram recorrências dos seus sintomas intestinais, em comparação com 40 por cento das pessoas que ingeriram alimentos sem glúten (é sempre possível que alguns ou todos os indivíduos reagissem a algo mais nos alimentos sem glúten ). A diferença foi estatisticamente significativa.
Aqueles que comeram alimentos que contêm glúten tiveram um aumento significativo nos sintomas, como inchaço, dor e fadiga.
A conclusão: "intolerância não-celíaca ao glúten pode existir ..." Pessoalmente, eu estaria mais tentado a dizer que esta entidade existe. No entanto, o que interessa é que é realmente possível para os indivíduos reagirem negativamente ao glúten, mas não ter a doença celíaca. As pessoas precisam de ter cuidado com isso, acho eu, por causa do risco de lhes dizerem que "está tudo bem”, com base em testes negativos para a doença celíaca."
Sem comentários:
Enviar um comentário