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Estes últimos dias foram férteis em notícias em que o tema é o glúten. O primeiro artigo que encontrei foi publicado na revista Proteste da DECO e traz os resultados de uma pesquisa feita a padarias na zona de Lisboa que vendem pão sem glúten (o risco de o fazer já foi abordado neste post).
Como se explica no artigo, "Entre setembro e dezembro de 2014, contactámos 80 padarias e pastelarias, na Grande Lisboa, à procura de pão para celíacos. Apenas quatro o comercializam. A Leitaria Caneças, no Cais do Sodré (Lisboa), a Pastelaria Garret, no Estoril, e o Jumbo de Alfragide venderam-nos efetivamente pão sem glúten, segundo as análises laboratoriais. Já o produto adquirido na pastelaria Espiga Sol, em Telheiras (Lisboa), revelou teores em glúten muito acima dos limites legais."
O segundo artigo foi publicado hoje pelo jornal Público e é uma reportagem da revista The New Yorker de Novembro de 2014. Intitulado, em Português, como "Vamos declarar guerra ao glúten?", é um artigo actual que aborda todas as temáticas acerca da dieta sem glúten, a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten não celíaca. Algo extenso, mas de leitura obrigatória.
3 comentários:
Seria mesmo muito bom a existência de padarias seguras para celíacos. Mesmo em relação aos estabelecimentos mencionados pergunto: essa analise foi pontual? Continuam a confeccionar o pão sem glúten no mesmo local que o pão com glúten? O Pão do Jumbo pressuponho que seja o embalado e especificamente elaborado em unidade fabril adequada. E os restantes? Qual a garantia de que no dia seguinte o pão não trás traços de glúten? A padaria Caneças já dispõe de cozinha separada? E a pastelaria Garret? Que procedimentos tomam para a não contaminação? O artigo da Deco não explica.
Eu nunca vi pão sem glúten fresco à venda, só mesmo daqueles embalados da Schäar ou lá o que é. O uso abusivo da rótulo é irritante, porque acaba por dificultar imenso a vida de quem não pode mesmo ingerir... Já não basta o curto leque de opções, porque o interessa está na pessoa comum e não na minoria, ainda é necessário o «double check» de tudo. A lei devia impedir isso... Ou pelo menos a distinção entre sem glúten e apto para celíacos, embora a segunda devesse acarretar a primeira sempre era mais específico. Nos hipermercados ainda se tem mais a garantia, é uma coisa mais profissional, mas em padarias e tal é complicado porque podem ser pessoas não muito entendidas no assunto. Eu li aquela tua história da menina que quis fazer o bolo sem glúten e até é comovente :) às vezes a intenção é boa, mas continua a ser chato... As implicações dos vestígios não estão bem presentes.
Acho que agora com a revolta contra o glúten, a paleo e etc. acaba por haver mais alguma disposição para artigos sobre o glúten, que parece que são cada vez mais... Pode ser que traga mais sensibilidade :)
Tenho de ler esse segundo! :)
É Avelã, já vai havendo padarias que dizem vender pão sem glúten... Os cuidados é que são poucos. Penso que a ASAE deveria andar em cima deste assunto, há muitos celíacos que acreditam quando lhes dizem que é seguro e nem sempre é o caso.
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